
Dessa maneira, a moral nada mais é do que uma prática-moral, ou seja, ações vividas ou problemas encontrados, ao qual, faz-se uso de normas que justificam as decisões tomadas. Por exemplo: um jovem espartano cometeu um assassinato em legítima defesa. Ao refletir sobre o seu ato, o jovem pensa estar certo, pois a lei (norma) admite o assassinato quando o assassino o comete em legítima defesa, ou seja, se não o matasse, morreria. Isso é moral em Esparta.
Vemos, assim, que a moral é exigida a partir da convivência em sociedade, da formação da cultura. A moral não é criada pela ética, pois embora toda moral seja formada por normas ou regras de comportamento, essas nunca são dadas pela ética.
Quando se deixa de refletir as ações morais (moral-prática) a partir das normas e regras e passa-se a pensá-las, descrevê-las, explicá-las e quando possível justificá-las a partir das próprias ações ou “parâmetros universais”, passa-se a fazer uma reflexão ética, ou reflexão filosófica sobre a moral.
Segundo o professor Adolfo Sánchez Vásquez, pode-se definir ética como “a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, de uma forma específica de comportamento humano. Nesse sentido, embora se possa utilizar “parâmetros universais”, a ética nunca poderá ser única, pois seu campo de investigação é o específico. Assim, conclui-se que há infinitas reflexões éticas.
Sugestão de leitura:
Livro Ética, de Adolfo Sánchez Vásquez. Editora Civilização Brasileira